sábado, 19 de novembro de 2011

Estão abertas as inscrições para o EIV - Estágio Interdisciplinar de Vivência de Santa Catarina 2012


ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA
EIV - Estágio Interdisciplinar de Vivência de Santa Catarina 2012

Em CATANDUVAS / SC
Nas áreas dos movimentos sociais camponeses

DE 14 DE JANEIRO até 4 DE FEVEREIRO

Inscrição:
A ficha de inscrição está disponível no site e deve ser enviada para o email (eivsc2011@gmai.com) até dia 2 de dezembro.

http://eiv.libertar.org


E para você que tem dúvidas sobre O QUE É O EIV:

O Estágio Interdisciplinar de Vivência (EIV) é uma atividade que existe desde 1989, em vários estados do Brasil, tendo com o intuito fortalecer as lutas entre campo e cidade, auxiliando na construção de outro modelo de desenvolvimento para o espaço agrário brasileiro. Em Santa Catarina existe desde 2006, tendo sua 6ª edição ocorrido no início deste ano, no município de Catanduvas.

Hoje, com a continuidade do avanço de latifúndios no interior, o uso intensivo de agrotóxicos e transgênicos, a permanência do trabalho escravo, a opção por monoculturas como a de eucalipto, cana-de-aúcar, soja e milho, a criação de aves, suínos e bovinos a custo baixíssimo, apenas para suprir a demanda de grandes agroindústrias como a Sadia e a Perdigão, e ainda o alagamento de terras ribeirinhas para a construção de hidrelétricas, a agricultura familiar e camponesa vê-se em constante ameaça. Com isso, a possibilidade da manutenção de pequenas propriedades tem-se tornado cada vez mais inviável, obrigando grandes quantidades de agricultores e trabalhadores rurais a migrarem para os centros urbanos. Geralmente em busca de melhores condições de vida ou de sonhos enganosos propagados pelos grandes meios de comunicação.

Para reverter o quadro e fortalecer a agricultura camponesa e familiar, o EIV busca articular indivíduos engajados nas lutas da cidade (sejam elas por melhor moradia, transporte público, saneamento básico, condições de trabalho, educação, saúde, ou outras) às famílias que compõem movimentos sociais camponeses. Mais precisamente quatro deles: Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), todos vinculados à rede mundial de movimentos camponeses conhecida como Via Campesina. Até por que, mesmo sem percebermos, a dinâmica do campo influencia diretamente na nossa vida aqui na cidade.

O estágio busca, então, apresentar a realidade camponesa a partir da experiência de famílias organizadas politicamente, estruturando-se em 20 dias, da seguinte forma:

Preparação: na qual os estagiários, todos reunidos num mesmo local (geralmente um assentamento da reforma agrária), estudam as condições que levam não só o campo a organizar-se desta forma, mas as diversas formas de opressão vigentes na sociedade atual, além das alternativas existentes para superá-las – principalmente as presentes na história e no presente dos movimentos camponeses;

Vivência: os estagiários são enviados separadamente para diversas regiões do estado de Santa Catarina, passando 10 dias na casa de uma família camponesa, conhecendo seu cotidiano a partir do trabalho nas lavouras e da convivência nos mais diversos espaços.

Socialização: os estagiários retornam ao mesmo local da preparação, para compartilhar as experiências do momento anterior e discutir formas de fortalecer na cidade as ligações com as lutas do campo.

O EIV-SC, no entanto, não ocorre apenas nos momentos de preparação, vivência e socialização apresentados. Estende-se por todo ano, pois o coletivo que o organiza engaja-se em diversas atividades, promovendo formações sobre questões relacionadas, oficinas, um programa de rádio mensal na rádio comunitária do Campeche, além de atividades de colaboração com a brigada Mitico, brigada urbana do MST atuante em Florianópolis. Busque informar-se sobre tais atividades, acessando www.eiv.libertar.org ou escrevendo para eivsc2011@gmail.com

Informações complementares:

MST: www.mst.org.br
MAB: www.mabnacional.org.br
MMC: www.mmcbrasil.org.br
Via Campesina: www.viacampesina.org

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

VAZAMENTO DA CHEVRON. CADÊ A GLOBO?


VAZAMENTO DA CHEVRON. CADÊ A GLOBO?

Por Altamiro Borges

Há cerca de uma semana ocorrem vazamentos de petróleo no poço da Chevron-Texaco no Campo do Frade, na Bacia de Campos (RJ). Estima-se que estejam sendo lançados ao mar de 200 a 330 barris de óleo por dia. Apesar da gravidade do acidente ambiental, a mídia corporativa tem evitado dar destaque ao assunto. Será que ela recebe algum “mensalão” da multinacional estadunidense?

Nos jornalões, apenas pequenas notas da assessoria de imprensa da corporação. Um dos tecnocratas da incompetente Chevron chegou a culpar a natureza pelo acidente. Nas televisões, o silêncio é criminoso, conforme criticou Fernando Brito, do blog Tijolaço. É como se o acidente não existisse. Caso o desastre ocorresse numa plataforma da Petrobras, a mídia privatista faria o maior escândalo.

Dois motivos da mídia privatista

Há informações de que 18 navios já trabalham na contenção do vazamento. Mas a mídia nada fala. “Devem ser navios-fantasmas, como é a direção da Chevron. Não têm nome, não têm comandantes, não tem tripulação... Será que vamos ter que esperar que coloquem uma mensagem na garrafa para que a nossa imprensa publique algo além de notas oficiais?”, ironiza Fernando.

O silêncio criminoso da mídia tem duas explicações. Uma econômica, já que as multinacionais do petróleo gastam bilhões em anúncios publicitários nas revistonas, jornalões e emissoras de TV. Seria um tipo de “mensalão” para comprar a sua cumplicidade. A outra razão é política, ideológica. A mídia privatista e entreguista sempre defendeu os interesses das multinacionais do petróleo.

Um histórico de traição e entreguismo

Historicamente, ela foi contra a criação da Petrobras no governo Getúlio Vargas e contra a campanha “O petróleo é nosso”. Ela dizia que não existia petróleo no Brasil. Monteiro Lobato foi um dos primeiros a contestar esta visão derrotista. Depois da descoberta das primeiras reservas, a mídia colonizada passou a difundir que o país seria incapaz de extrair e refinar esta riqueza natural.

Mais recentemente, com a descoberta do pré-sal, ela bombardeou a proposta do governo Lula de alterar os contratos no setor – de concessão para partilha. O ex-presidente também deu mais força à Petrobras, que passou a ser a operadora exclusiva nos campos do pré-sal. Estas mudanças irritaram a mídia privatista, defensora da Chevron e das outras multinacionais do setor.

As revelações do WikiLeaks

Também neste ponto, a mídia entreguista e o candidato José Serra tiveram total concordância. Segundo documentos vazados pelo WikiLeaks, o tucano se comprometeu a rever o marco regulatório da exploração do pré-sal. Um telegrama diplomático dos EUA, de dezembro de 2009, confirma a subserviência do presidenciável do PSDB diante das poderosas multinacionais do setor:

“Deixar estes caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, disse Serra a Patrícia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron. Outros documentos vazados mostram que os EUA se empenharam para evitar a mudança nos contratos do setor e para inviabilizar a Petrobras como “operadora-chefe” do pré-sal.

O silencio diante do grave vazamento no Campo do Frade não é por acaso. Os interesses alienígenas ainda são muito influentes no Brasil, principalmente na sua mídia colonizada e corrompida.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A gestão suspeita do Secretário Estadual de Saúde sr. Dalmo de Oliveira: Indícios de direcionamento na licitação do SC Saúde e a privatização do SAMU.


"Indícios de direcionamento na licitação do SC Saúde"

O SINTESPE está atento as denúncias que envolvem o processo licitatório lançado pela Secretaria de Estado da Administração, que teve como objeto a contratação de empresa para gerenciar o Plano SC Saúde. A licitação está sendo alvo de investigação por parte do Ministério Público. Denúncias essas que dão conta de possível direcionamento licitatório em favor de uma única empresa que foi habilitada a concorrer, e obviamente, foi a vencedora.

A empresa é a Consórcio Santa Catarina, que é formada pela familia (esposa, marido e filhos) de nome Saúde Suplementar Soluções em Gestão de Consultoria e Treinamento e pela empresa Administradora de Benefìcios Ltda – FESC.

Quem é a empresa Saúde Suplementar?

Foi criada a pouco tempo e tem como sócia principal a ex-secretária do atual secretário estadual da Saúde, Dalmo de Oliveira. Em 2011, seus sócios aumentaram em 100% o capital social, com desenquadramento como microempresa, pois não poderia participar na modalidade licitatória de “Concorrência”.

Quem é a empresa FESC?

A empresa FESC, pelos dados fornecidos em site conhecido na Capital, foi formada pela Federação Estadual das Cooperativas Médicas e pela Unimed de Joinville, entidades que já tiveram o atual Secretário da Saúde como presidente.

Por envolver despesas que pode chegar a mais de R$ 300 milhões e aproximadamente 180 mil pessoas conveniadas, o governo Colombo e os gestores do SC Saúde precisam prestar os esclarecimentos de fatos que ligam diretamente agentes públicos que integraram o primeiro escalão do governo.

Fonte: http://www.sintespe.org.br/conteudo.php?&sys=noticias&id=341



"Querem privatizar o SAMU, não deixe!"

O secretário da saúde, Dalmo Claro de Oliveira, já havia anunciado a decisão de entregar o SAMU para uma Organização Social. Agora, se prepara para efetivar realmente a ação e passar o serviço público para a iniciativa privada . Por conta disso, está agendada manifestação contra a privatização no dia 17 de novembro, às 13h, em frente ao prédio da SES. Participe e não deixe que o Governo privatize nosso patrimônio público: saúde é um direito garantido na Constituição Federal!

Fonte: http://sindsaudesc.blogspot.com/



"Secretário de Saúde Dalmo de Oliveira e sua relação suspeita com empresa privada de plano de saúde complementar"

Acerca da atual gestão da Secretaria Estadual de Saúde do Governo Colombo (PSD), eleita com a promessa de privatizar 11 hospitais públicos "por toda Santa Catarina", vale frisar que o Secretário Dalmo Claro de Oliveira, do PMDB, foi candidato a deputado federal nas últimas eleições.

Dalmo também foi dirigente executivo da Unimed em Santa Catarina, sendo agora alçado ao primeiro escalão do governo estadual, porém numa clara demonstração de contradição entre o interesse público e os interesses privados de empresas do ramo da saúde, para as quais o desmonte da saúde pública com certeza é capaz de manter e fortalecer seus vultuosos lucros.

Para ressaltar esta, no mínimo suspeita relação, vale informar que as empresas vinculadas a Unimed doaram para a campanha do então candidato Dalmo Claro de Oliveira, nada mais e nada menos do que a quantia estratosférica de R$2.371.236,70, como pode ser verificado no link abaixo do TSE acerca da prestação de contas das campanhas eleitorais de 2010.

Esta é a síntese do governo Colombo que quer privatizar e implodir o que ainda resta da saúde pública de SC!

http://spce2010.tse.jus.br/spceweb.consulta.receitasdespesas2010/resumoReceitasByCandidato.action?filtro=N&sqCandidato=240000000232&sgUe=SC&nomeVice=null

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mais uma participação histórica de Cuba no Pan-Americano: "Malditos Comunistas!"




"Malditos comunistas!"
Por José Roberto Torero
http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5278

Acabaram os jogos Pan-Americanos e mais uma vez ficamos atrás de Cuba.

Mais uma vez!

Isso não está certo. Este paiseco tem apenas 11 milhões de habitantes e o nosso tem 192 milhões. Só a Grande São Paulo já tem mais gente que aquela ilhota.

Quanto à renda per capita, também ganhamos fácil. A deles foi de reles 4,1 mil dólares em 2006. A nossa: 10,2 mil dólares.

Pô, se possuímos 17 vezes mais gente do que eles e nossa renda per capita é quase 2,5 vezes maior, temos que ganhar 40 vezes mais medalhas que aqueles comunas.

Mas neste Pan eles ganharam 58 ouros e nós, apenas 48.

Alguma coisa está errada. Como eles podem ganhar do Brasil, o gigante da América do Sul, a sétima maior economia do mundo?

Já sei! É tudo para fazer propaganda comunista.

A prova é que, em 1959, ano da revolução, Cuba ficou apenas em oitavo lugar no Pan de Chicago. Doze anos depois, no Pan de Cáli, já estava em segundo lugar. Daí em diante, nunca caiu para terceiro. Nos jogos de Havana, em 1991, conseguiu até ficar em primeiro lugar, ganhando dos EUA por 140 a 130 medalhas de ouro.

Sim, é para fazer propaganda do comunismo que os cubanos se esforçam tanto no esporte. E também na saúde (eles têm um médico para cada 169 habitantes, enquanto o Brasil tem um para cada 600) e na educação (a taxa de alfabetização deles é de 99,8%). Além disso, o Índice de Desenvolvimento Humano de Cuba é 0,863, enquanto o nosso é 0,813.

Tudo para fazer propaganda comunista!

Aliás, eles têm nada menos do que trinta mil propagandistas vermelhos na cultura esportiva. Ou professores de educação física, se você preferir. Isso significa um professor para cada 348 habitantes. E logo haverá mais ainda, porque eles têm oito escolas de Educação Física de nível médio, uma faculdade de cultura física em cada província, um instituto de cultura física a nível nacional e uma Escola Internacional de Educação Física e Desportiva.

Há tantos e tão bons técnicos em Cuba que o país chega a exportar alguns. Nas Olimpíadas de Sydney, por um exemplo, havia 36 treinadores cubanos em equipes estrangeiras.

E existem tantos professores porque a Educação Física é matéria obrigatória dentro do sistema nacional de educação.

Até aí, tudo bem. No Brasil a Educação Física também é obrigatória.

A questão é que, se um cubano mostrar certo gosto pelo esporte, pode, gratuitamente, ir para uma das 87 Academias Desportivas Estaduais, para uma das 17 Escolas de Iniciação Desportiva Escolar (EIDE), para uma das 14 Escolas Superiores de Aperfeiçoamento Atlético (ESPA), e, finalmente, para um dos três Centros de Alto Rendimento.

Ou seja, se você tiver aptidão para o esporte, vai poder se desenvolver com total apoio do estado.

Pô, assim não vale!

Do jeito que eles fazem, com escolas para todos, professores especializados e centros de excelência gratuitos, é moleza.

Quero ver é eles ganharem tantas medalhas sendo como nós, um país onde a Educação Física nas escolas é, muitas vezes, apenas o horário do futebol para os meninos e da queimada para as meninas. Quero ver é eles ganharem medalhas com apoio estatal pífio, sem massificar o esporte, sem um aperfeiçoamento crescente e planejado.

Quero ver é fazer que nem a gente, no improviso. Aí, duvido que eles ganhem de nós. Duvido!

Malditos comunistas...



José Roberto Torero é formado em Letras e Jornalismo pela USP, publicou 24 livros, entre eles O Chalaça (Prêmio Jabuti e Livro do ano em 1995), Pequenos Amores (Prêmio Jabuti 2004) e, mais recentemente, O Evangelho de Barrabás. É colunista de futebol na Folha de S.Paulo desde 1998. Escreveu também para o Jornal da Tarde e para a revista Placar. Dirigiu alguns curtas-metragens e o longa Como fazer um filme de amor. É roteirista de cinema e tevê, onde por oito anos escreveu o Retrato Falado.