terça-feira, 23 de novembro de 2010

Abertas inscrições, até 10/12, para Estágio Interdisciplinar de Vivência (EIV) com os movimentos sociais camponeses de SC.


Estão abertas as inscrições para a participação no Estágio Interdisciplinar de Vivência (EIV) na áreas de movimentos sociais camponeses em SC.

O arquivo com as fichas de inscrição podem ser solicitadas e também posteriormente enviadas para: eivemsc@yahoo.com.br

O que é o EIV?
O Estágio Interdisciplinar de Vivência busca ligar campo e cidade através de um período de atividades nas áreas de famílias vinculadas aos movimentos sociais camponeses. Busca proporcionar uma experiência crítica em relação à situação da questão fundiária, da produção de alimentos, da organização política e das lutas sociais a partir da vivência concreta do cotidiano de famílias assentadas ou acampadas. O estágio é dividido em três fases que se referenciam na vivência junto aos movimentos sociais.

Durante os 10 dias da vivência, o estudante/estagiário vai conviver com a família que o acolherá nessa etapa, todas as famílias serão de assentamentos ou acampamentos de movimentos sociais populares, seja do MAB, MST ou MPA, todos no Paraná.

Em 2011 o EIV acontecerá entre os dias 15 de janeiro e 4 de fevereiro.

São as três fases do EIV:
*1. Preparação: É a preparação do estudante para o contato com o movimento social, irão debater e estudar questões como economia política, questão agrária, soberania popular, movimentos sociais e outros.

*2. Vivência: Nessa fase o estudante passa dez dias morando na casa de uma família de um assentamento ou acampamento e vivenciando sua realidade. Com a vivência junto aos movimentos sociais do campo o estagiário experimentará a teoria estudada na fase de preparação e poderá significá-la.

*3. Socialização: Aqui propomos a socialização das vivências dos estagiários e o aprofundamento no debate da conjuntura e dos movimentos sociais discutindo questões como organização, movimentos populares, educação e movimento estudantil.

Inicialmente pedimos a contribuição de 30 reais para a alimentação, manutenção da sede da preparação e retomada, assim como para o transporte dos estagiários.

As incrições vão até 10 de dezembro de 2010.

Mais informações em: www.eiv.libertar.org
9151-3336 (Léo), 8407-7534(SaruÊ), Fred (8826-3027).

"Militância LGBT e a Síndrome de Mulher de Malandro"


Militância LGBT e a Síndrome de Mulher de Malandro

Por dois dias inteiros, a hashtag #HomofobiaNão esteve entre as mais citadas no Twitter do Brasil. Por quase um dia inteiro esteve no topo desta lista, figurando nos trends mundiais, dando visibilidade à manifestação promovida por ativistas dos direitos LGBT e simpatizantes da causa, em referência aos ataques sofridos por homossexuais em São Paulo e no Rio de Janeiro durante a última semana. E de que esta visibilidade valeu ao combalido movimento de defesa dos direitos dos homossexuais e afins? Praticamente nada.

A visibilidade que a internet dá aos assuntos no Brasil é muito grande. Hoje, o Twitter e seus assuntos mais comentados pautam as redações dos veículos de comunicação tradicional, fenômeno que ficou claro durante as eleições deste ano, mais recentemente com o caso da bolinha de papel que atingiu o candidato derrotado a presidência, José Serra. Ganhar visibilidade na rede é importante, sem dúvida, mas a militância LGBT se reduz a praticamente este campo, e a explicação é simples: gays, de maneira geral, não protestam por seus direitos de forma efetiva. A prova deste lamentável fenômeno se explica por duas manchetes, ambas do site G1:


21/11/2010 - Manifestação contra homofobia reúne 200 pessoas na Avenida Paulista

14/06/2009 – Mais de três milhões participam de Parada Gay em São Paulo


Explicando.

Quando o evento é festivo, onde a Avenida Paulista se enche de DJs, drag queens e trios elétricos, milhões de homossexuais de São Paulo e dezenas de outros estados lotam as ruas da cidade, na maior micareta gay do mundo, que ano após ano vem perdendo sua significação.

Agora, se o evento tem realmente um caráter de protesto, onde os gays têm um espaço para buscar visibilidade na nossa mídia (onde somos quase transparentes), apenas 200 pessoas aparecem para gritar contra os absurdos ocorridos em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Esta falta de engajamento político e social da grande maioria dos homossexuais me faz acreditar que, na verdade, sofremos da “Síndrome da Mulher de Malandro”: gostamos de apanhar, gostamos de ser humilhados na escola, no trabalho, gostamos de ser tratados como aberrações por parte de grupos religiosos fanáticos, gostamos de ter nossos direitos civis extirpados, gostamos de não poder ter uma união civil estável com nossos parceiros, gostamos de sofrer bullying. Gostamos de humilhação. Gostamos de degradação. Gostamos de ser viadinho, boiola, baitola, bichinha, pederasta, sodomita. Gostamos de soco na boca, de lâmpada na cara, de chute nas costelas. Somos “mulheres de malandro” dos skin-heads, dos fascistas, dos neonazistas, dos preconceituosos e homofóbicos em geral.

Não vejo outra explicação além do comodismo, ou quem sabe o medo da violência, injustificado, pois a violência já está aí, batendo em nossas portas e na cara de nossos iguais. Em qualquer grupo social oprimido há a busca por direitos, por respeito e por dignidade. Em qualquer grupo que sofre, o sofrimento de seus iguais toca a todos, que se engajam na luta, de mãos dadas por um ideal em comum.

Mas não funciona assim com a comunidade LGBT, se é que é justo usar o termo comunidade para definir esse agrupamento de pessoas que, em comum, parecem ter apenas a orientação sexual. Pra gente, parece que nossa existência como LGBTs não tem nada a ver com a existência como LGBT de nosso vizinho. A morte de outro gay, apenas por ser gay, não nos afeta. A violência, como a que sofreu o carioca Ferrucio Silvestro, em 2007, que foi covardemente espancado na saída de uma balada, apenas por ser gay, não nos afeta. A demissão de nossos amigos gays, apenas por serem gays, não nos afeta. Tudo segue em nossas vidas tacanhas e individualistas.

Os poucos que saem do armário pra militância são chatos, desagradáveis, inconvenientes. Aqueles que lutam pela aprovação do Projeto de Lei 122/2007, pela união civil entre pessoas do mesmo sexo, pela adoção homoparental e pelos outros direitos que nos são extirpados todos os dias.

Os LGBTs precisam acordar. O bonde da história está passando, e nós não estamos nele. Os LGBT precisam acordar. E espero que isso aconteça logo. Espero que isso aconteça antes que uma lâmpada exploda na nossa cara, ou que um tiro atinja nossa barriga depois das paradas gays da vida.

William De Lucca Martinez
Jornalista
deluccamartinez@hotmail.com
twitter: @delucca


Diante dos terríveis casos de violência homofóbica que se espalham pelo país, a BRISA reitera o disposto no item 18 de seu Programa, se posicionando contra toda e qualquer forma de preconceito motivada por orientação sexual, se solidarizando com as lutas dos movimentos LGBT pela garantia de direitos e no combate à homofobia, entendendo que este numeroso grupo deve se organizar cada vez mais, não só batalhando por questões específicas, mas também pela alteração da estrutura desigual de classes que impera na injusta e excludente sociedade brasileira.

sábado, 20 de novembro de 2010

Especial 20 de novembro - Dia da Consciência Negra - Por Zumbi, Abdias e Guerreiro lutemos todos por uma Nação sem preconceitos de cor e de classe!


Neste dia 20 de novembro a BRISA sauda a luta histórica do povo negro, relembrando também grandes lideranças negras do Trabalhismo brasileiro: ABDIAS NASCIMENTO e ALBERTO GUERREIRO RAMOS.

Nas palavras de Darcy Ribeiro na obra O POVO BRASILEIRO:
“As atuais classes dominantes brasileiras, feitas de filhos e netos dos antigos senhores de escravo, guardam, diante do negro, a mesma atitude de desprezo vil (...) Para seus descendentes, o negro livre, o mulato e o branco pobre são também o que há de mais reles, pela preguiça, pela ignorância, pela criminalidade inatas e inelutáveis. Todos eles são tidos consensualmente como culpados de suas próprias desgraças, explicadas como características da raça e não como resultado da escravidão e da opressão (...) A nação brasileira, comandada por gente dessa mentalidade, nunca fez nada pela massa negra que a construíra. Negou-lhe a posse de qualquer pedaço de terra para viver e cultivar, de escolas em que pudesse educar seus filhos, e de qualquer ordem de assistência".


Assessor dos Presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, além de ex-deputado federal do Trabalhismo brasileiro, Guerreiro Ramos representa uma grande intelectualidade latino-americana. Leia artigo que trata do ideal nacionalista e popular presente na obra de Guerreiro Ramos: http://www.revistaoes.ufba.br/viewarticle.php?id=736


Ao longo de seus 96 anos, Abdias Nascimento esteve presente e participou de inúmeras passagens importantes das lutas negras do século 20, não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos e na África. Sua vida é ela mesma a própria história da luta negra. Veja na íntegra entrevista com Abdias: http://www.brasildefato.com.br/node/5078


Item 17 do Programa da BRISA: "Defesa dos direitos das mulheres, NEGROS e índios. Pelas COTAS SOCIAIS E RACIAIS no ensino superior, isonomia salarial e contra a violência à mulher. Pelo debate com relação a liberação do aborto".

“A democracia racial é possível, mas só é praticável conjuntamente com a democracia social” DARCY RIBEIRO.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Dia da Consciência Negra - 20/11 - 3ª Feijoada da Associação Quilombola do Morro do Boi - 12h no Centro Comunitário da Vila Real/Bal. Camboriú.

Dia da Consciência Negra - Mov. sindical promove seminário "Combate ao Racismo e todo tipo de discriminação nas relações de trabalho".


O Sinte/SC, Sinergia, Sindprevs/SC, Sintrafesc e Sintrasem, convidam para o seminário "Combate ao Racismo e todo tipo de discriminação nas relações de trabalho", marcado para os dias 19 e 20 de novembro, em Florianópolis (Clube 12, Av. Hercílio Luz, 626). O seminário é uma promoção dos sindicatos.

Além do debate sobre racismo e discriminação nas relações de trabalho, outro objetivo do encontro é construir uma agenda de atividades e uma articulação entre os sindicatos.

Veja programação completa em:
http://www.sintrasem.org.br/index.php?pag=103

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CONVITE! REUNIÃO DE CONSTRUÇÃO DO COMITÊ REGIONAL DA CAMPANHA "O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO". Sábado, 20/11, às 13h em Itapema.


Companheiros militantes das organizações populares que atuam na região de Itajaí,

Após a realização da Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra, algumas organizações populares que atuam em nossa região estarão construindo um Comitê Regional da Campanha "O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO".

Desta forma convidamos todas as organizações populares e militantes sociais a participarem de uma reunião inicial, de forma que possamos construir a unidade em torno desta luta nas cidades de nossa região!

PRIMEIRA REUNIÃO DE CONSTRUÇÃO DO COMITÊ REGIONAL
Dia 20 de novembro - sábado - 13H
Rua 254-A, nº 998, Meia Praia, Itapema/SC

Obs: ajude a divulgar este convite para outros militantes sociais e organizações populares.
Obs1: saiba mais sobre a Campanha "O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO" em http://presal.org.br/

Att.
Brigada Socialista Autônoma - BRISA Baln. Camboriú - www.brigadasocialistaautonoma.blogspot.com
Partido Socialismo e Liberdade - PSOL/Itapema
Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarian - SINDIPETRO PR/SC Itajaí

sábado, 13 de novembro de 2010

Mais de 50 mil estudantes saem às ruas em Londres





Após a França, agora é a vez da juventude inglesa se levantar contra os pacotes de cortes promovidos pelos governos europeus. Nesse dia 10 de novembro, mais de 50 mil estudantes foram às ruas em Londres protestar contra a cobrança de mensalidade nas universidades.

O plano do governo prevê o aumento das taxas anuais para os empréstimos estudantis. O pacote pretende dobrar ou até mesmo triplicar em alguns casos o piso para os empréstimos, que hoje está em 3.290 libras anuais (equivalente a R$ 8,9 mil). O governo planeja, além disso, cortar em até 40% o orçamento para as universidades e acabar com as bolsas para os docentes.

O fato de um dos partidos do governo, o Liberal-Democrata, que governo junto com os conservadores ter prometido durante a campanha não mexer nas taxas aos estudantes acendeu ainda mais a revolta. Os 50 mil estudantes percorriam uma das principais avenidas do centro de Londres, dirigindo-se ao Parlamento, quando de 200 a 300 jovens desviaram da rota e atacaram a sede do Partido Conservador.

Centenas de estudantes ocuparam o prédio e foram reprimidos pela polícia. Houve confronto e cerca de 30 jovens foram presos. Segundo a imprensa, 14 ficaram feridos, sendo 2 policiais. Essa foi a maior manifestação em décadas no país, sendo comparado às mobilizações contra o governo neoliberal de Tatcher na década de 80.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Conheça e participe você também da campanha "O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO!"


Queremos:

- Fim do modelo de concessão e das rodadas de licitação dos blocos petrolíferos.

- Monopólio do Estado na exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural no Brasil, através de uma Petrobrás 100% pública.

- Controle social da destinação dos recursos gerados pela produção de petróleo e gás natural, através de instrumentos que garantam ao povo brasileiro os benefícios destas riquezas.

- Reincorporação à Petrobrás das atividades de operação e construção de dutos, terminais marítimos e embarcações para o transporte de petróleo, derivados e gás natural, acabando com a segregação imposta pelo Artigo 65 da Lei 9478/97, que resultou na criação da Transpetro S.A.

Saiba mais em:
http://presal.org.br/index.php

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Taquarinhas novamente em perigo! Mobilização quarta, 03/11 às 13h em Itajaí.


Taquarinhas novamente em perigo

Na próxima quarta-feira, dia 03 de novembro de 2010, a partir das 13 horas acontecerá uma mobilização em prol a preservação de Taquarinhas, próximo ao prédio da Justiça Federal em Itajaí, Rua Antônio Caetano, atrás do Teatro Municipal de Itajaí.

Em 2005 o Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública contra um loteamento em Taquarinhas, a única praia ainda preservada da região, nesta quarta-feira acontecerá uma audiência de conciliação entre as partes a construtora THÁ e o MPF.

Taquarinhas faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa Brava, instituída como compensação ambiental pela construção da Interpraias. Toda a ocupação da APA deve ser ordenada por meio do Plano de Manejo, espécie de plano diretor para região, e aprovada pelo conselho gestor formado pelo poder público e comunidade organizada. A preocupação é que a liminar seja revogada, liberando a construção no local antes que o conselho gestor exerça sua função.

Convidamos a todos que desejam que Taquarinhas continue preservada para participar da mobilização de sensibilização de todos os envolvidos, em especial o Juiz Dr. Nelson Gustavo Mesquita Ribeiro Alves.

Paralelamente tramita na Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina o Projeto Lei 612/09, que cria o Parque Estadual de Taquarinhas, respeitando o abaixo assinado de mais de 15 mil assinaturas, com o apoio de 160 instituições regionais.

Informações: Cristiano Voitina - 91019730