sábado, 26 de fevereiro de 2011

27 de fevereiro de 2011 - BRISA completa 1 ano de fundação.


Neste domingo, dia 27 de fevereiro de 2011, a BRISA tem a felicidade de informar que completa 1 ano de sua fundação.

No decorrer deste primeiro ano podemos desenvolver atividades dentro daquilo que nos propomos a fazer. Nosso principal papel é trazer para nossa Balneário Camboriú e região uma visão de Brasil baseada em um Programa nacionalista e de esquerda calcado no Trabalhismo brizolista. Nossa razão de ser é se posicionar criticamente diante do modelo injusto que aí está e apresentar as saídas. Temos o dever de fazer isso e ocupar esta função justamente em uma cidade em que a grande maioria dos projetos/organizações estão atreladas com interesses econômicos e que é marcada pela ausência de movimentos sociais combativos ou pela fragilidade até mesmo de partidos políticos do campo da esquerda-popular.

Somos um coletivo ainda em construção, sabemos que somos poucos e que possuímos grandes dificuldades, até mesmo para poder consolidar nossa própria existência enquanto organização. Porém estamos tranqüilos e prontos para realizar aquilo que nos propomos, sem projetos pessoais/eleitorais ou intenções de grandiosidade, mas sempre fazendo a nossa pequena parte, debatendo e conscientizando as pessoas acerca das propostas que acreditamos serem imprescindíveis para a conquista de uma outra sociedade.

Por isso, convidamos todos aqueles que simpatizam com os princípios e com o Programa da BRISA para se juntarem nesta construção coletiva. Entre em contato e marque uma conversa com nossos militantes, pois a BRISA estará aberta para os indignados com a politicagem e que muitas vezes não sabem como podem contribuir para a transformação deste quadro. E se for o seu desejo venha conosco transformar esta brisa em uma grande tempestade!

"Venha, deixe o que te sufoca! Brinde esta BRISA nas ruas, nas esquinas, na cidade, beba e junte-se a tempestade!".

Releia nosso MANIFESTO FUNDACIONAL datado de 27/02/2010: http://brigadasocialistaautonoma.blogspot.com/2009/01/manifesto-da-brigada-socialista-autnoma.html

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

CONVITE: 1ª reunião de 2011 do Comitê Regional da campanha "O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO". Sexta 25/02 às 20h30 na Biblioteca da UNIVALI BC. Participe


Companheiros militantes das organizações populares que atuam na região de Itajaí,

Convidamos todas as organizações populares e militantes sociais a participarem da primeira reunião de 2011 voltada para a construção do Comitê Regional da campanha "O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO", de forma que possamos buscar a unidade em torno desta luta nas cidades de nossa região!

PRIMEIRA REUNIÃO de 2011 - CONSTRUÇÃO DO COMITÊ REGIONAL
Dia 25 de fevereiro - sexta - 20H30
Biblioteca Universitária da UNIVALI - Balneário Camboriú/SC

Obs: ajude a divulgar este convite para outros militantes sociais e organizações populares.
Obs1: saiba mais sobre a Campanha "O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO" em http://presal.org.br/

Att.
Brigada Socialista Autônoma - BRISA Baln. Camboriú - www.brigadasocialistaautonoma.blogspot.com
Partido Socialismo e Liberdade - PSOL/Itapema
Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarian - SINDIPETRO PR/SC Itajaí

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

17/02/1997 - Há 14 anos morria o grande professor e mestre brizolista DARCY RIBEIRO.


Leia trechos da obra "O POVO BRASILEIRO" escrita por Darcy Ribeiro:

- “Não é impensável que a reordenação social se faça sem convulsão social, por via de um reformismo democrático. Mas ela é muitíssimo improvável neste país em que uns poucos milhares de grandes proprietários podem açambarcar a maior parte de seu território, compelindo milhões de trabalhadores a se urbanizarem para viver a vida famélica das favelas, por força da manutenção de umas velhas leis. Cada vez que um político nacionalista ou populista se encaminha para a revisão da institucionalidade, as classes dominantes apelam para a repressão e a força”;

- “Tudo, nos séculos, transformou-se incessantemente. Só ela, a classe dirigente, permaneceu igual a si mesma, exercendo sua interminável hegemonia. Senhorios velhos se sucedem em senhorios novos, super-homogêneos e solidários entre si, numa férrea união superarmada e a tudo predisposta para manter o povo gemendo e produzindo. Não o que querem e precisam, mas o que lhes mandam produzir, na forma que impõem, indiferentes a seu destino”;

Os afro-brasileiros
- “Nenhum povo que passasse por isso como sua rotina de vida, através de séculos, sairia dela sem ficar marcado indelevelmente. Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles pretos e índios supliciados. Todos nós brasileiros somos, por igual, a mão possessa que os supliciou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram para fazer de nós a gente sentida e sofrida que somos e a gente insensível e brutal, que também somos. Descendentes de escravos e de senhores de escravos seremos sempre servos da malignidade destilada e instalada em nós, tanto pelo sentimento da dor intencionalmente produzida para doer mais, quanto pelo exercício da brutalidade sobre homens, sobre mulheres, sobre crianças convertidas em pasto de nossa fúria. A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista. Ela é que incandesce, ainda hoje, em tanta autoridade brasileira predisposta a torturar, serviciar e machucar os pobres que lhes caem às mãos. Ela, porém, provocando crescente indignação nos dará forças, amanhã, para conter os processos e criar aqui uma sociedade solidária”;

Os brasileiros
- “O brasilíndio como o afro-brasileiro existiam numa terra de ninguém, etnicamente falando, e é a partir dessa carência essencial, para livrar-se da ninguendade de não-índios, não-europeus e não-negros, que eles se vêem forçados a criar a sua própria identidade étnica: a brasileira”;

As guerras do Brasil
- “O que têm de comum e mais relevante é a insistência dos oprimidos em abrir e reabrir as lutas para fugir do destino que lhes é prescrito; e, de outro lado, a unanimidade da classe dominante que compõe e controla um parlamento servil, cuja função é manter a institucionalidade em que se baseia o latifúndio. Tudo isso garantido pela pronta ação repressora de um corpo nacional das forças armadas que se prestava, ontem, ao papel de perseguidor de escravos, como capitães do mato, e se presta, hoje, à função de pau-mandado de uma minoria infecunda contra todos os brasileiros”;

Industrialização e urbanização
- “O que nos falta hoje é maior indignação generalizada em face de tanto desemprego, tanta fome e tanta violência desnecessárias, porque perfeitamente sanáveis com alterações estratégicas na ordem econômica”;

Deterioração urbana
- “Algo tem que ver a violência desencadeada nas ruas com o abandono dessa população entregue ao bombardeio de um rádio e de uma televisão social e moralmente irresponsáveis, para as quais é bom o que mais vende, refrigerantes ou sabonetes, sem se preocupar com o desarranjo mental e moral que provocam”;

Classe e poder
- “Nossa tipologia de classes sociais vê na cúpula dois corpos conflitantes, mas mutuamente complementares. O patronato de empresários, cujo poder vem da riqueza através da exploração econômica; e o patriciado, cujo mando decorre do desempenho de cargos, tal como o general, o deputado, o bispo, o líder sindical e tantíssimos outros. Naturalmente, cada patrício enriquecido quer ser patrão e cada patrão aspira às glórias de um mandato que lhe dê, além de riqueza, o poder de determinar o destino alheio. Nas últimas décadas surgiu e se expandiu um corpo estranho nessa cúpula. É o estamento gerencial das empresas estrangeiras, que passou a constituir o setor predominantemente das classes dominantes. Ele emprega os tecnocratas mais competentes e controla a mídia, conformando a opinião pública. Ele elege parlamentares e governantes. Ele manda, enfim, com desfaçatez cada vez mais desabrida”;

Distancia social
- “Essas duas características complementares – as distâncias abismais entre os diferentes estratos e o caráter intencional do processo formativo – condicionaram a camada senhorial para encarar o povo como mera força de trabalho destinada a desgastar-se no esforço produtivo e sem outros direitos que o de comer enquanto trabalha, para refazer suas energias produtivas, e o de reproduzir-se para repor a mão-de-obra gasta”;

Classe e raça
- “A democracia racial é possível, mas só é praticável conjuntamente com a democracia social”;

Confrontos
- “O ruim aqui, e efetivo fator causal do atraso, é o modo de ordenação da sociedade, estruturada contra os interesses da população, desde sempre sangrada para servir a desígnios alheios e opostos aos seus. Não há, nunca houve, aqui um povo livre, regendo seu destino na busca de sua própria prosperidade. O que houve e o que há é uma massa de trabalhadores explorada, humilhada e ofendida por uma minoria dominante, espantosamente eficaz na formulação e manutenção de seu próprio projeto de prosperidade, sempre pronta a esmagar qualquer ameaça de reforma da ordem social vigente”;

- “Nosso destino é nos unificarmos com todos os latino-americanos por nossa oposição comum ao mesmo antagonista, que é a América anglo-saxônica, para fundarmos, tal como ocorre na comunidade européia, a Nação Latino-Americana sonhada por Bolívar. Hoje, somos 500 milhões, amanhã seremos 1 bilhão”.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sai Lula entra Dilma e a traição aos trabalhadores permanece. Leia "O SALÁRIO DA INFIDELIDADE" escrito por Leonel Brizola em 2004 sobre o Sal. Mínimo.


"O salário da infidelidade"

O que separa o gesto do presidente Getúlio Vargas, há exatos 50 anos, acolhendo a proposta de João Goulart, presidente do Partido Trabalhista Brasileiro, dobrando o salário mínimo, desta vergonha deprimente praticada por Lula com o salário de milhões de trabalhadores e aposentados, não é apenas a grandeza moral de Vargas frente à frieza covarde do atual presidente. Mais do que a infidelidade aos compromissos assumidos com aqueles que o elegeram, o que afasta Lula daquele estadista de meio século é a falta de visão social e das enormes potencialidades deste país.

A distância entre Vargas e Lula é muito, muito maior do que aquele salário 4 vezes maior que os míseros R$ 260 com que o atual Presidente, um ex-operário, escarnece agora os trabalhadores.

Esta distância é a que separa uma visão de soberania, de desenvolvimento e de justiça para o Brasil, de um olhar conformado e cúmplice de um sistema que condena nosso povo a sofrer cada vez mais e a se degradar na violência e na necessidade, enquanto o país mergulha na dependência, no atraso e numa crise que só se aprofunda.
Lula, por ambição e fraqueza, tornou-se cúmplice, porque capitulou docilmente a este sistema, que antes dizia condenar. Ele aceitou as regras que nos condenam à submissão e à pobreza. Tornou-se, assim, prisioneiro de uma lógica infame, a da recessão, do desemprego, da pobreza, do arrocho, do sacrifício dos aposentados como se fossem estes os caminhos do desenvolvimento. Tudo vai bem e não há crise para estas maria-antonietas da modernidade, que todos os dias se jactam de seus "sucessos" na economia, comemorando, já sem nenhum pudor, os aplausos do FMI, do governo Bush e dos banqueiros internacionais.

Natural que os novos "militantes" de Lula batam palmas para seu Governo. Jamais ganharam tanto dinheiro à custa do povo brasileiro. Apenas dois bancos tiveram lucros de mais de R$ 1,5 bilhão só nos primeiros 3 meses do ano. Os grupos dominantes nunca tiveram governantes mais capazes de renegar tudo que disseram antes para tornarem-se capitães-do-mato do sistema de espoliação imposto ao Brasil. O cara-durismo é tanto que vem José Dirceu dizer que é preciso ter a "coragem" de tirar ainda mais dos aposentados e pensionistas, desvinculando do mínimo seus parcos ganhos. Coragem era ele quem deveria ter, e confessar ao povo que ele e a direção do PT enganaram ao povo, praticando um verdadeiro estelionato eleitoral.

A população, que estava perplexa com os rumos do governo Lula, já mostra sinais de justa inquietação ante o comportamento daqueles em quem, de boa-fé, tanto confiou. O presidente já tem de esgueirar-se para evitar vaias e não pôde sequer ir ao 1o. de Maio em São Paulo. As ruas, que o consagraram há menos de 2 anos, estão condenando sua falsidade. Oxalá ele mudasse os rumos, mas nem isso parece possível, tantos e tão profundos são agora seus compromissos com os que se beneficiam do seu triste e surpreendente governo.

O povo, que conservou no carinho de sua memória aquele Vargas que lutou e morreu para que o trabalhador se emancipasse, há de lançar o anátema de seu desprezo aqueles que, 50 anos depois, traíram os sonhos e as esperanças desta nação".

06 de maio de 2004.

Leonel Brizola

sábado, 12 de fevereiro de 2011

ATO EM COMEMORAÇÃO AO EGITO LIVRE! - Dia 15/02 - 17h - Esquina Democrática em Florianópolis/SC. Participe!!!


O povo egípcio demonstrou nas ruas a força de sua luta por justiça e liberdade! Os ventos da mudança continuarão a soprar em todo Oriente Médio!

Nossa comemoração pela liberdade do Egito será dia 15/02/2011 - terça-feira - a partir dás 17 horas na Esquina Democrática, rua Felipe Schimidt esquina rua Deodoro - Centro, Florianópolis/SC.

Vamos fortalecer esse grito de liberdade internacional! Pelo fim de todas as ditaduras pró-estadunidense no Oriente Médio!

Leia abaixo análise do companheiro do Comitê Catarinense de Solideriedade ao Povo Palestino:


"As revoluções dos povos Árabes. Furacões para a ditadura.... brisas para a democracia e liberdade!"

por Khader Othman - kaderothman@hotmail.com
Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino

Os ventos revolucionários que assopraram no mês passado na Tunísia fez seu ditador, Benali, fugir do país. Covardemente fugiu. O poder agora está com uma Frente Progressista que produziu, organizou e administrou o estado revolucionário na Tunísia, formação que se deu durante o ditadura de Benali. Ventos que atravessaram as turbulentas águas da Tunísia, chegando são e salvo na margem da democracia e liberdade.

Os mesmos ventos revolucionários assopram agora sobre Egito. Arrancaram a casca que escondia um ditador, brotando no lugar uma organizada e madura frente de libertação liderada por jovens que nasceram durante a ditadura. Viveram e sentiram, com experiência própria, que este modelo falido não leva a progresso nenhum. O regime esta tão podre que não adiante reformas ou emendas, esta ditadura, que perdura na contramão da historia, leva o Egito ladeira abaixo. Nos últimos 30 anos, o Egito ficou em primeiro lugar no mundo árabe no ranking da emigração de jovens. Milhares de jovens tiveram que sair do seu país por falta de emprego, perdendo, assim, energia e mentes lapidadas para servir em outros países.

Durante 30 anos este regime ditador deixou o Egito em um desfalque enorme de moradias populares, revelando que o regime não tinha nenhum interesse na solução de moradias para o seu povo. Os cemitérios mostraram a maior disputa no meio da população pobre, pois lá, vizinhos de cadáveres, não se paga aluguel e não tem ordem de despejo.

Enquanto esse cenário obscuro progredia, também progredia a situação financeira do chefe do regime, o ditador Hosni Mubarak e seus capangas, uma equação injusta... sua fortuna subiu de zero em 1980 para 70 bilhões em 2011, ou seja, dentro dos 30 anos enquanto ele manipulava o poder,

Mas por 15 dias a Praça TAHREER faz valer o significado de seu nome, traduzindo , significa LIBERTAÇÃO, são os ventos revolucionários embalando os rebelados egípcios!!

Admiramos como esses revolucionários egípcios se manifestam e se organizam! São mais de 3 milhões de pessoas, cotidianamente, realizando protestos de forma ordeira e organizada. Utilizando a mídia, internet, comunicações alternativas, gente de todas as classes sociais unidos no grito e nas tarefas. Há os responsáveis pela limpeza, outros pela distribuição da comida, tem o grupo de médicos cuidando dos feridos, tem aqueles responsáveis pela distribuição da medicação, enfim, todos realizam suas atividades e tarefas com a maior obediência e satisfação. Cabe aqui contar o que aconteceu na quinta feira, quando surgiu boato de que os tanques do exercito acabar com as manifestações. A reação foi há altura dos ventos revolucionários... foi destinado vários homens para dormir embaixo da esteira do tanque paralisando assim sua movimentação!

A revolução da Tunísia tanto quanto a revolução Egípcia pegaram o ocidente de surpresa, pois ninguém imaginava algo nessa proporção, desconsiderando assim o potencial da mudança dos dois povos, resultando em declarações confusas sobre os acontecimentos.

Alguns lideres ocidentais, com mentalidade colonialista, negam a condição de um árabe em praticar corretamente a democracia ....esquecem eles que a democracia é originária da Grécia antiga, não americana e nem européia.

Nos orgulhamos da diversidade do povo brasileiro! Imaginamos o dia em possamos nos orgulham da diversidade internacional! Quando houver uma real democracia que abrace a todos .

E difícil para ocidente, com sua política capitalista e imperialista, entender as mudanças no mundo árabe ou islâmico. É necessário modificar sua visão, para entender e aceitar o árabe como ele é, produto da sua cultura e sua civilização.

Duas grandes divergências azedaram as relações do Ocidente com o mundo árabe e islâmico. A primeira: a posição injusta de adotar dois pesos e duas medidas na questão palestina. Somente os Estados Unidos utilizou 37 vezes o direito de veto quando o Conselho da Segurança da ONU iria condenar Israel por seus crimes praticados contra os palestinos e árabes. A segunda: a demagogia praticada pelo ocidente. Com pregações de liberdade e democracia na mídia internacional, se comporta sustentando e apoiando politicamente as ditaduras do Oriente Médio.

Os ventos revolucionários significam furacões para as ditaduras, para o sionismo, para o capitalismo e o imperialismo.... mas são as brisas para a autodeterminação dos povos, para a democracia e para a liberdade!

fevereiro 2011

sábado, 5 de fevereiro de 2011

BRISA subscreve "Manifesto de apoio ao processo bolivariano na Venezuela"


Aqueles que apóiam o processo bolivariano na Venezuela podem aderir ao manifesto através do e-mail: solidariedadelatina@gmail.com.


MANIFESTO DE APOIO AO PROCESSO BOLIVARIANO NA VENEZUELA
Brasil, 2 de fevereiro de 2011.

Ao povo da Venezuela,
Ao Governo do Presidente Hugo Chavez,
Aos movimentos sociais da Venezuela.

Estimados companheiros e companheiras,

Há doze anos o povo venezuelano decidiu mudar o rumo da história de seu país, romper com a longa noite neoliberal e décadas de exploração de uma oligarquia que se locupletava com os recursos do petróleo, sem nada beneficiar o povo.

O povo venezuelano pagou o preço da pobreza e das desigualdades sociais.

No dia dois de fevereiro de 1989, resultado de muitas mobilizações populares e de um massacre em Caracas que custou a vida de milhares de cidadãos, finalmente tivemos uma eleição democratica e o presidente venezuelano Hugo Chávez assumiu a Presidência da Venezuela com o compromisso de refundar o país por meio de um processo de transformação social baseado na participação popular e no resgate do papel do Estado como gestor de políticas públicas em pró da maioria da população.

A partir de então, iniciou-se um programa que erradicou o analfabetismo, universalizou o sistema de saude pública, garantiu acesso à universidade aos jovens e iniciou a democratização da propriedade da terra no campo e na cidade. Um novo projeto econômico de desenvolvimento nacional passou a ser construído baseado na utilização dos recursos do petróleo para resolver os problemas fundamentais do povo, como: emprego, moradia, educação, saude, terra e acesso a energia. E o governo assumiu a vocação internacionalista do pensamento de Simon Bolívar e estimulou a integração com outros países e povos da America Latina, contribuindo para processos regionais como o projeto ALBA, entre outros.

Seguindo as regras da democracia representativa, o presidente Chávez e seu projeto de governo realizaram nesse periodo 15 processos eleitorais, sendo vitoriosos em 14, e assumindo publicamente a autocritica da derrota de 2008, como uma lição popular. Mesmo assim, as empresas transnacionais, as classes dominantes locais e os interesses econômicos e militares do império dos Estados unidos não se conformam com a perda do controle do petróleo Venezuelano e com a perda do poder político. Por isso, durante esses anos todos, têm organizado uma campanha permanente, sistemática, para desqualificar o processo bolivariano, agredindo o povo venezuelano e a seu presidente, como nunca aconteceu antes na historia do país. Usando todas as armadas possiveis, desde a tentativa de golpe de Estado, sabotagens e manipulações midiáticas. E ainda ousam denunciar de que não há liberdade de imprensa na Venezuela.

Essas forças direitistas, que mantiveram o continente latinoamericano a serviço dos interesses do capital dos Estados Unidos, como agora perderam o poder político em muitos países, se articulam então através do controle que têm dos meios de comunicação. E usam os meios de comunicação de massa como sua arma permanente para mentir, manipular e atacar. Isso vem ocorrendo não só na Venezuela, mas também no Brasil, na Argentina e em todos os países da America Latina.

No ano de bicentenário da Independência política de vários países da América Latina, reiteramos que apesar da campanha de ódio orquestrada a partir dos meios massivos de comunicação contra a Venezuela, nosso compromisso de realizar todos os esforços para construir a verdadeira integração de nossos povos, e apoiar o exemplo do povo venezuelano, que inspirados em Simom Bolivar, General Abreu e Lima, Jose Martí, Che Guevara, e tantos outros, nos acena para a necessidade de nos unirmos na América Latina, para juntos nos ajudarmos a resolver os problemas fundamentais de nosso povo.

Por confiar no caráter popular e democrático da revolução bolivariana, por defender o direito soberano do povo venezuelano e de todos os povos do mundo a decidir seu destino, sem ingerência do capital e das forças do império, por considerar de fundamental importância o processo de integração regional que vem sendo impulsado na America Latina nos últimos dez anos, e que se concretiza, atraves da Unasul, do CELAEC e de um projeto de integração popular da ALBA, saímos a público para manifestar nossa solidariedade com o povo venezuelano, ao seu governo e ao projeto de mudanças sociais em curso naquele país.

Defendemos que haja um processo de democratização de todos os meios de comunicação de massa em todos nossos países, para livrar nossos povos da manipulação e do seu uso, apenas em defesa dos interesses da burguesia e das empresas que querem controlar nossa economia e nossas riquezas.

Os povos da América Latina precisam caminhar com suas próprias pernas, trilhando um mesmo caminho, de soberania política, econômica, de controle de seus recursos naturais, para construir sociedades justas, democráticas e igualitárias.

Atenciosamente,

Entidades

MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
La Via Campesina - Brasil
AMES – Associacao Municipal de Estudantes Secundaristas
Brigadas Populares
Brigada Socialista Autônoma - BRISA
Cahis-UERJ
CEBRAPAZ
CMP – Coodenaçao dos Movimentos Populares
Coletivo 21 de Julho
COMITÉ INTERNACIONAL POR LA LIBERTAD DE LOS CINCO
CONAM – Confedereçao Nacional das Associaçoes de Moradores
Consulta Popular – RJ
Faferj
JS- Juventude Socialista
JUBILEU Sul Brasil e Americas
Morena –CB
Movimento Popular de Favelas
Movimiento Social Nicaragüense "Otro Mundo es Posible".-
MTD – Movimento dos Trabalhadores Desempregados
MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
PCB – Partido Comunsta Brasileiro
PcdoB-RJ – Partido Comunista do Brasil - RJ
PERIÓDICO RESUMEN LATINOAMERICANO
UBES – Uniao Brasileira de Estudantes Secundaristas
UBM - União Brasileira de Mulheres
UEE-RJ – Uniao Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro
UEES – Uniao Estadual dos Estudantes Secundaristas
UJC – Uniao da Juventude Comunista
UJS – Uniao da Juventude Socialista
UNEGRO – Uniao de Negros pela Igualdade
UNE – Uniao Nacional dos Estudantes
Associação José Marti
Casa da America Latina
CECAC
PSOL - RJ
JS-PDT (juventude socialista do PDT)

Adesões individuais

Alberto illengo
ALICIA LESGART - SECRETARÍA DE DERECHOS HUMANOS DE ROSARIO - STA. FE- ARGENTINA
ANA CARDERO - PROFESIONAL, CUBA
ANA MARÍA MORO - FAMILIARES DE DESAPARECIDOS DE ROSARIO - STA. FE -ARGENTINA
Anita Leocádia Prestes, historiadora
Attilio caviglia alcalde de vado ligure
Attimonelli raffaele
Baccino milena
Baratella ferruccio
Barcellona andrea
BASSEL ISMAIL SALEM- PERIODISTA PALESTINO
Bava andrea alcalde de pareto
Beth Carvalho, cantora
Bruno cristofanini
Casella roberto
Chico Batera, músico
Claudio bertola
Dep. Estadual Enfermeira Rejane
Federico la rosa
Gabriel casella
Giannetto claudio
Giglio maria luisa
Giorgio palomba
GRACIELA RAMIREZ, ARGENTINA, COORDINADORA DEL COMITE INTERNACIONAL. CORRESPONSAL EN CUBA DE RESUMEN LATINOAMERICANO
HÉCTOR LEÓN RAMÍREZ - FÍSICO, CUBA
Iris cristofanini
Jacquelin (Belga)
JOSÉ BERRÍOS, PUERTO RICO, DELEGADO ALTERNO DE LA MISIÓN DE PUERTO RICO EN CUBA
Lebedova simona rep. ceca
Lunelli donatella
MARCO GONZALEZ - CHILE, CASA MEMORIAL SALVADOR ALLENDE
Marino assandri
Massimo valente
Ornolio piergiorgio
papa nicola alcalde de denice
Perrone franco
Riccobene francesco
ROSARIO VALENZUELA - ESCRITORA BOLIVIANA-GUATEMALTECA
Salvatore la rosa
Silvano ferrando
Siri andrea
Toso pietro
Virginia Fontes – historiadora – rio de janeiro
Vito Gianotti, escritor e comunicador
Walter rossi
Zunino franco
Deputado Estadual Paulo Ramos
Mandato Deputado Federal Chico Alencar
Mandato Deputado Estadual Marcelo Freixo
Mandato Vereador Eliomar Coelho